Deputado é visto como liderança agregadora e sua entrada deve redesenhar a dinâmica da sigla em Mato Grosso
A iminente chegada do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi, ao Podemos já começa a provocar movimentações nos bastidores da política estadual. Um dos primeiros reflexos é a possível saída do vereador por Cuiabá, Kássio Coelho, que atualmente integra a sigla, mas admite estar reavaliando sua permanência diante das mudanças que se avizinham.
“Estou avaliando. Tenho um projeto para deputado federal. Na eleição passada, tive 53 mil votos e fui votado nos 141 municípios. Tenho um bom relacionamento político e não parei de andar no interior desde então”, afirmou Kássio, em entrevista à Rádio Cultura FM nesta sexta-feira (25).Leia mais: Max Russi é reconhecido como o parlamentar mais atuante de MT com 70% de aprovação pública
Max Russi deve deixar o PSB durante a janela partidária de março de 2026 e ingressar no Podemos com a missão de fortalecer a legenda para as próximas eleições. Conhecido por seu perfil conciliador e pela capacidade de articulação, Russi é visto por aliados e adversários como um político agregador, que soma forças e amplia o alcance dos partidos por onde passa.
Com o novo cenário, Kássio revelou que já recebeu convites de outras legendas, como Progressistas e MDB, e que tem mantido conversas com lideranças desses partidos. “Tenho um relacionamento muito bom com o deputado Paulo Araújo, somos amigos de infância. Ele me fez o convite junto com o Cidinho. Eu conheço a realidade política do Estado, fiz um levantamento de cadeiras e estou analisando quais partidos realmente têm chances de eleger”, comentou.
Durante a entrevista, o vereador também compartilhou sua leitura sobre o cenário político para 2026. Para o governo do Estado, apontou o senador Wellington Fagundes (PL) como favorito. Já para o Senado, citou os nomes de Janaina Riva (MDB), José Medeiros (PL) e do atual governador Mauro Mendes (UB) como possíveis candidatos de peso.
Em relação à gestão municipal, Kássio teceu críticas ao prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), especialmente pela antiga cobrança da taxa de lixo e pela forma como a atual administração trata a população em situação de rua. “Sou contra a marmita jogada no meio-fio. Tem que ter acolhimento, estrutura, um restaurante popular. Marmita vira lixo no rio”, disparou.
Com a chegada de Max Russi, o Podemos tende a ganhar protagonismo no tabuleiro político estadual. Além da liderança consolidada, Russi traz consigo a experiência de articulação e o respeito conquistado em diferentes espectros políticos. Para muitos, sua filiação representa não apenas uma movimentação partidária, mas um reposicionamento estratégico do partido rumo às eleições de 2026.
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